Pode Crê

O Lado Negro e o Lado Brilhante das Nossas Telinhas

Clecio Almeida Season 1 Episode 4

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O mundo digital transformou radicalmente a forma como nos conectamos, consumimos informação e construímos relacionamentos. Neste mergulho profundo nas plataformas que dominam nosso cotidiano, revelamos números surpreendentes: 5 bilhões de pessoas (60% da população mundial) estão nas redes sociais, dedicando em média 2 horas e 23 minutos diários a essas plataformas.

Navegamos pelos aspectos positivos das redes sociais, como a democratização do conhecimento, o suporte de comunidades virtuais e as oportunidades econômicas para empreendedores. Estudos da Pew Research mostram que 81% dos jovens afirmam que as plataformas os ajudam a fortalecer amizades. Porém, não escapamos do lado sombrio: a American Psychological Association alerta que adolescentes que passam mais de três horas diárias nas redes têm risco elevado de desenvolver ansiedade e depressão. Discutimos como notificações e curtidas acionam no cérebro o mesmo sistema de recompensa associado a jogos de azar e substâncias, criando ciclos viciantes de comportamento.

Você já sentiu seu cérebro "embaçado" depois de rolar o feed por horas? Exploramos o fenômeno do "brain rot" (podridão cerebral), eleito expressão do ano pela Universidade de Oxford, e como o TikTok se tornou a plataforma mais viciante do planeta. Especialistas recomendam evitar redes sociais antes dos 13 anos e limitar o uso a no máximo uma hora diária para minimizar efeitos negativos. Afinal, como destacamos: "Se você não está comprando nada no TikTok ou Instagram, o produto é você".

Envie suas sugestões via WhatsApp para 978-836-0927 e compartilhe este episódio com quem precisa refletir sobre sua relação com as redes sociais. E lembre-se: depois de compartilhar, feche o aplicativo e vá viver a vida real!

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Speaker 1:

Olá, tudo bem, pessoal, Seja bem-vindo, seja bem-vinda ao nosso podcast, que gostaríamos que fosse também o seu podcast. Esse é o podcast Pode Crer. Hoje a gente vai falar sobre as redes sociais, como Instagram, axe, tiktok, Facebook e também o WhatsApp. Bom, elas fazem parte da vida de bilhões de pessoas no mundo. Do momento em que acordamos até antes de dormir, muitos de nós dá aquela olhadinha no celular, dá aquela olhada na rede social, atualiza o feed, dá uma curtida, comenta uma foto, manda um gif para aquele amigo que foi goleado no fim de semana, enfim, muitos de nós têm o hábito de dar uma olhadinha nas redes sociais. Uma pergunta para consideração aqui e debate Você considera o WhatsApp como uma rede social? Eu particularmente considero, porque rede social é uma rede de socialização e o WhatsApp é uma maneira de você também se socializar, inclusive compartilhar experiências. Bom, gente, tudo que nós vamos falar aqui ele tem um embasamento científico. Aqui e ali eu vou emitir a minha opinião, mas basicamente estamos aqui mencionando, ratificando estudos científicos de universidades e de instituições de saúde mental.

Speaker 1:

Pergunta para vocês as redes sociais são vilãs que minam nossa concentração e autoestima ou são ferramentas que fortalecem conexões humanas e ampliam oportunidades? Pergunta para debate não é. Nesse episódio vamos explorar os prós e os contras das redes sociais, entender qual a melhor idade para usá-las, discutir qual plataforma é considerada mais viciante e, principalmente, descobrir quanto tempo de uso pode ser considerado saudável. Tudo isso com base em pesquisas científicas e dados atualizadíssimos. As redes sociais não são plataformas digitais apenas. Elas se tornaram também uma infraestrutura social da humanidade.

Speaker 1:

Segundo relatórios de 2024 da We Are Social e da Data Reportal, mais de 5 bilhões de pessoas usam redes sociais no mundo inteiro. Gente significa que 60% da população global usa rede social agora. Pasmem 90% dos adolescentes do mundo todo usam redes sociais. Chutei, quanto tempo em média nós passamos nas redes sociais. Quando digo nós, me refiro aos 5 bilhões de pessoas no mundo que se conectam diariamente. Em média, passamos 2 horas e 23 minutos por dia conectados a alguma dessas plataformas. Em alguns países países, esse número é ainda maior. Entre adolescentes, por exemplo, chega a ultrapassar 4 horas diárias. Não estou falando do uso do celular pessoal. Estou falando apenas das redes sociais.

Speaker 1:

Do ponto de vista sociológico, as redes transformaram a forma como trabalhamos, consumimos informações e até nos relacionamentos afetivos. Casais se conhecem no Instagram, negócios nascem no TikTok. Revoluções políticas são organizadas pelo Twitter, que hoje é o X. Não é exagero dizer pessoal que ao mesmo tempo, as redes sociais se tornaram a nova praça pública e o novo mercado global. Lembra quando marcávamos para nos encontrar na praça da cidade ou do bairro, então agora as plataformas sociais se tornaram as novas praças, as nossas pracinhas.

Speaker 1:

Existe um lado positivo nisso tudo. Eu sei que há muito do que se criticar quanto ao uso excessivo das redes, mas elas também trazem alguns benefícios comprovados. Um estudo, por exemplo, da Pew Research Center mostra que 81% dos jovens afirmam que as redes os ajudam a se conectar melhor com seus amigos. Um outro lado, por exemplo, comunidades virtuais de apoio, como grupos de pessoas que possuem doenças crônicas, melhoram a adesão ao tratamento e reduzem o isolamento, segundo pesquisas, por exemplo, da revista Journal Medical Internet Research. Além disso, as redes democratizaram o acesso à informação. Hoje, qualquer pessoa com um celular pode assistir aulas nas universidades renomadas, acompanhar pesquisas científicas e aprender novas habilidades. Também abriram espaço para minorias e grupos historicamente marginalizados, que encontraram nessas plataformas voz e visibilidade.

Speaker 1:

Fora o aspecto econômico, mil gente, milhares de empreendedores, dependem diariamente das redes como Instagram e TikTok. Para quê? Para divulgar os seus produtos, para alcançar novos clientes, para fazer propaganda, no caso, alcançar novos clientes e gerar renda. Mas como toda ferramenta, existe também o lado negativo E vamos falar cientificamente desse aspecto. Existe um vício digital que é universalmente conhecido por todos nós As notificações, curtidas e mensagens.

Speaker 1:

Elas acionam no nosso cérebro o sistema de recompensa, liberando dopamina, o mesmo neurotransmissor associado a jogos de azar e o consumo de drogas. Olha só, gente, tanto é que nós somos chamados como usuários nas redes sociais, assim como os drug dealers chamam aqueles que são viciados em drogas. Tudo isso, gente, cientificamente embasado. Estudos de neuroimagem, por exemplo, mostram que ao recebermos uma curtida ou comentário, áreas do nosso cérebro são ligadas, são ativadas. Isso explica porque sentimos aquela vontade de checar o celular repetidas vezes ao dia. Algo que pessoalmente me entristece é ver adolescentes deletando fotos que não tiveram média de curtidas, a mesma média de curtida das outras fotos. Eles acham que há algo errado com aquela foto por não perceber, por não receber a atenção das outras fotos. Pior quando as pessoas são medidas por eles pelo número de seguidores que possuem.

Speaker 1:

A American Psychological Association aponta que os adolescentes que passam mais de três horas nas redes sociais têm um risco aumentado de desenvolver sintomas de ansiedade e depressão. O fenômeno da comparação social é central aqui. Ver vidas aparentemente perfeitas online gera uma sensação de inadequação pessoal. Não vou falar do impacto do sono, aliás, eu vou falar sim porque, segundo a pesquisa da Harvard Medical School, mostram que a luz azul emitida pelas telinhas inibe a produção de melatonina, o hormônio do sono. Jovens que usam as redes pela noite tem dificuldade em dormir e piora o seu desempenho no dia posterior. Às vezes estamos com aquela preguiça, por exemplo no outro dia, mas porque tivemos uma péssima noite de sono e foi intensificada pelo uso das redes sociais na noite antes de dormir.

Speaker 1:

Um dos aspectos que precisamos falar sobre são as distrações feitas pelas redes sociais, aquelas notificações que não param de chegar, aquele sonzinho a tremida, a tela que se acende. Isso tudo nos causa distrações. Segundo, um estudo da London School Economics revelou que as pessoas que restringiram o uso de celulares em sala de aula observaram uma melhora significativa no desempenho acadêmico dos seus alunos. Claro que os alunos pensam diferente, porém realmente, segundo estudos baseados cientificamente, as pessoas melhoraram academicamente depois de terem restrições dos seus celulares. Uma pergunta qual a idade que vocês acham que seria ideal usar as redes sociais? Bom, vamos falar sobre quem entende do assunto.

Speaker 1:

Segundo a Academia Americana de Pediatria, recomenda-se evitar as redes sociais antes dos 13 anos. Você acertou Isso, porque as crianças nessa faixa etária ainda não têm maturidade para lidar com exposição, o cyberbullying e riscos de privacidade. Além disso, o cérebro está em uma fase de desenvolvimento intenso, principalmente em áreas ligadas ao autocontrole e à tomada de decisão. Depois disso, entre 13 e 17 anos, a recomendação é que sejam supervisionados, com limites claros de tempo para o uso das redes sociais. Curiosamente, pesquisas indicam que o impacto das redes sociais não é linear. O que significa isso? Que vai depender de adolescente para adolescente. Isso pode ser mais nocivo ou inofensivo, dependendo de fatores como, por exemplo, autoestima, apoio familiar e contexto social.

Speaker 1:

Aí, você acha que para os adultos isso é diferente. Não Existem adultos que substituem a interação social, aquela normal de estar frente a frente, tete a tete, com interações virtuais, frente a frente, tete a tete com interações virtuais. Então os adultos precisam estar muito ligados para que isso não seja um fator negativo. E qual seria a rede social mais viciante? TikTok, tiktok. A rede social mais viciante. Uma pesquisa que foi inclusive formulada em 2022 mostraram a razão Combinação de vídeos curtos, rolagem infinita, algoritmos altamente personalizados, ativa intensamente o sistema de recompensa do cérebro. Tem pessoas que declaram que, depois de assistir um vídeo no TikTok, não conseguem parar e ficam às vezes horas, horas rolando a telinha.

Speaker 1:

Agora o Instagram também faz parte desse grupo de discussão, especialmente entre adolescentes porque a sua lógica fornece imagens e fotos perfeitas com filtros muito sofisticados. Tem sido associado a problemas de imagem corporal e baixa autoestima. Meninas não se iludam. Aquela foto daquela menina está com 2 kg de filtro. A silhueta está delienada por aquele aplicativo de 2 dólares e 99 centavos por mês. Isso não é uma crítica, não, gente, é só um alerta para que não haja comparação entre a vida real e aquilo que você vê nas telinhas. É de rir.

Speaker 1:

Mas lembra daquele trending que as meninas colocavam as mãos no rosto. Ai gente, elas queriam publicar sua foto, mas não queriam que ninguém visse os seus rostos e elas colocavam a mãozinha no rosto. Mas o mais irritante de todos é aquele estilo de foto que eu chamo de Einstein Effect. Eu batizei de Einstein Effect. É aquelas meninas que mostram a língua em todas as fotos. Mas o pior de todos para mim é o bico de pato que as meninas faziam uns dois anos atrás, uns três anos atrás. Aquele era realmente o mais irritante de todos. Mas ainda bem que já acabou. O Twitter Wax não é melhor do que o Instagram, do que o TikTok, não, ele é mais viciante para as pessoas que querem engajamento político, querem formular debates políticos, querem ouvir notícias em tempo real e atualizações constantes.

Speaker 1:

E o Facebook, abandonado pelos adolescentes, completamente esquecido pelos jovens e adolescentes, mas faz muito sucesso entre os adultos, muito sucesso mesmo, né mãe? Bom, deixa abaixo isso. Agora a pergunta do milhão de dólares. Quanto tempo o uso da rede social é saudável? Bom, segundo, o estudo da Oxford Internet Institute sugere que até uma hora por dia podem trazer benefícios, como sensação de pertencimento e acesso a informações, sem grandes efeitos negativos. Mas por outro lado, depois de passar três horas diárias, aumenta significativamente o risco de ansiedade, depressão, insatisfação com a vida, principalmente em adolescentes. Mas os cientistas ressaltam que não é só uma questão de quantidade, mas de qualidade. Eu me lembro que quando eu pegava um ônibus lá no Rio, 100% das vezes lotado, entrava uma mulher grávida ou idosa ou idoso. O pessoal que estava em pé começava a gritar para os que estavam sentados olha a consciência, olha a consciência. Sempre havia um educado, uma pessoa que não resistia à pressão e se levantava para aquela pessoa se sentar. Agora eu digo a mesma coisa Olha a consciência pessoal.

Speaker 1:

A melhor maneira de nós usarmos a rede social é usar conscientemente. Precisamos definir limites de tempo, usar aplicativos que monitoram e registram o uso diário. Silenciar, por exemplo, as notificações reduz o estímulo ao vício. Evitar o uso à noite pessoal para proteger a qualidade no sono, para que tenhamos um dia posterior produtivo e abençoado, praticar o detox digital, escolher partes do dia ou da semana em que você não usa em hipótese alguma rede social E valorizar a interação presencial.

Speaker 1:

Nenhuma interação virtual, jamais, nunca, jamais vai substituir a nossa interação real, a interação no mundo real. Agora, pessoal, já ouviu falar de uma expressão chamada brain rot. Brain rot, uma tradução livre, seria podridão cerebral. Você já sentiu a mente turva depois de passar um tempo nas redes sociais Dificuldade de focar, de lembrar algo ou até escolher o que fazer em seguida. Esse efeito informal, cada vez mais comentado, tem o nome Brain Rot. O termo ganhou tanta popularidade que foi eleito pela Oxford University Press como a expressão do ano em 2024.

Speaker 1:

Brain Rot é definido como a deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, especialmente vista como resultado de consumo excessivo de material online considerado trivial ou pouco desafiador. Sabe aquele meme ou vídeo feito por AI do macaquinho tocando saxofone? Então, gente, ocupe espaço no nosso cérebro e não agregue em nada criando um brain rot. Pesquisas mostram que exposição prolongada a conteúdos curtos e rápidos, como vídeos do TikTok, podem prejudicar a memória prospectiva. Isso é a nossa habilidade de lembrar de tarefas planejadas, especialmente por causa de constantes interrupções e alternância rápida de contexto. Além disso, revisões científicas revelam que esse tipo de uso excessivo afeta áreas do cérebro responsável por atenção, controle emocional e tomada de decisão. Essa superestimulação digital pode causar esgotamento cognitivo, prejudicando o pensamento crítico e foco em regulação emocional, especialmente entre adolescentes. Como é importante a supervisão dos adolescentes quando se trata de rede social.

Speaker 1:

Sabe, aquele Infinity Scroll, aquele feed infinito que nunca termina. Ele explora o sistema de recompensa cerebral. E o tiktok, ele é profissional, ele é psicologicamente traçado, delineado para fazer isso com a gente, reforçando comportamentos compulsivos, tornando mais difícil parar de se navegar gente. São estudos, estudos feitos por psicólogos, bases científicas, universidades como Oxford, como Harvard, que nos dizem isso. Então nós precisamos parar e prestar um pouquinho de atenção. Usuários relatam sensações de névoa mental, atenção fragmentada e resistência a engajar com tarefas que existem em foco ou profundidade. Depois de passar duas horas no TikTok, não é de se admirar que se torne uma tarefa quase impossível.

Speaker 1:

Você sentar e ler um livro E sabe, eu li algo muito interessante sobre redes sociais. É um livro chamado Ancients Generation geração ansiosa, e nesse livro fala algo muito interessante de que se você não está comprando nada no TikTok, se você não está comprando nada no Instagram, o produto é você. Aquilo me fez repensar muito o tempo que gasto nas redes sociais. É muito fácil hoje em dia, você monitorar e gerenciar quanto tempo você passa nas redes sociais. Somos a última geração que colocou os pés no mundo não virtual e os pés no mundo virtual. Nós lembramos perfeitamente o que era na época. esperarmos nossa música predileta tocar na rádio. Nós nos lembramos perfeitamente o que era marcar encontros no shopping ou na praça da cidade para conversarmos, para batermos um papo com os nossos amigos.

Speaker 1:

A boa notícia é que o cérebro é plástico ou seja ele é maleável. Ele pode ser remodelado. Se nós fizermos escolhas conscientes, limitarmos o uso e buscarmos estímulos enriquecedores, é possível recuperar o foco a profundidade de pensamento e o bem-estar mental. Uma caminhada, uma partida de tênis ou dominó, uma boa leitura, como ler a Bíblia, por exemplo, ouvir um bom podcast, ouvir música, pode restaurar o nosso foco e refrigerar o nosso cérebro.

Speaker 1:

Bom, o que eu concluo é que as redes sociais não são nem boas e nem más em si. São ferramentas poderosas capazes de aproximar pessoas, democratizar informação e abrir oportunidades, mas, como toda ferramenta poderosa, exigem-se responsabilidade no uso da mesma. Se usadas em excesso, podem afetar o nosso cérebro, o sono, a autoestima, a saúde mental. Se usadas com equilíbrio, podem enriquecer a nossa vida pessoal, profissional, social e acadêmica. É o segredo, está no equilíbrio E, no fim das contas, sempre vale lembrar a vida mais importante continua acontecendo fora das telas. Bom, pessoal, muito obrigado por ouvir esse podcast, esse episódio. Seu carinho e receptividade não passam despercebidos. Estou orando por você. Ore por mim também. Se quiser me enviar uma mensagem com sugestões ou anúncios, envie um WhatsApp para 978-836-0927. Em breve, teremos aqui um convidado especial dividindo esse microfone comigo. Bom, se você gostou, compartilhe com seus amigos, mas lembre-se, depois de compartilhar, feche o aplicativo, respire fundo e vá viver a vida real. Obrigado, pessoal, tchau, fica com Deus, pode crer.

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