Speaker 1: 0:03

Olá, seja muito bem-vindo e muito bem-vinda a mais um episódio do nosso podcast. Hoje vamos refletir sobre um tema que faz parte da vida de todos nós o medo. Essa emoção universal atravessa culturas, idades e espécies E, apesar de muitas vezes ser visto como algo negativo, o medo tem um papel fundamental na nossa sobrevivência, mas pode também ser um fator limitador, repressor, que afeta o nosso dia a dia. Me inspirei a falar sobre este tema depois de ter lido um livro chamado Winning the War in Your Mind de Craig Groeschel vencendo a batalha na mente. Então vamos falar aqui sobre o medo No seu. Pode crer Tecnicamente o que é um medo? Bom, medo é aquela sensação que a gente sente quando acredita que algo ruim pode acontecer. É como um alarme interno O coração dispara, a respiração acelera, o corpo fica pronto para correr ou se defender. Esse alarme é muito útil quando existe um perigo real, como por exemplo atravessar uma rua e ver um carro vindo, mas às vezes ele toca sem necessidade, quando a ameaça está apenas na nossa mente.

Speaker 1: 1:38

O medo aumenta os batimentos cardíacos, a respiração e prepara os músculos para lutar ou fugir. Esse mecanismo é chamado de resposta, de luta ou fuga e foi essencial para a sobrevivência da espécie humana. Seria o fight or flight. Quando somos ameaçados, esses dois elementos aparecem. Eu também vejo um outro grupo aqui são aqueles que ficam paralisados diante do perigo, mas isso não deixa de ser um escapismo, o que para mim se encaixaria na parte da fuga. Pesquisadores da Universidade de Yale mostraram que o medo não apenas ativa a amígdala, mas também diminui a atividade do córtex pré-frontal, a região responsável por raciocínio e planejamento. Vou simplificar, ou seja com medo pensamos menos e reagimos mais rápido, o que fazia com que nossos antepassados fugissem dos leões sem pensar ou analisar muito a situação.

Speaker 1: 2:40

Eu mencionei no início do podcast um livro que eu li Winning the War in Your Mind, craig Groeschel, mais ou menos vencendo a batalha na mente. A proposta do autor do livro é substituir padrões mentais destrutivos por verdades transformadoras, com base tanto em insights psicológicos quanto, mais ainda, em princípios bíblicos. A mente molda a nossa vida. Nossos pensamentos guiam nossas emoções e ações. Se acreditamos em mentiras, como por exemplo não sou bom o bastante, nunca vou conseguir. Vivemos como se fossem verdades. Nunca vou conseguir meus documentos, caso você seja um imigrante, nunca vou sair das dívidas, não vou conseguir casar ou meu casamento não tem jeito. Precisamos nos negar a acreditar nesses medos. Esses pensamentos são como prisões.

Speaker 1: 3:39

Existe a clássica história do elefante que foi domesticado ainda quando bebê. A clássica história do elefante que foi domesticado ainda quando bebê. Quando ainda pequeno, ele era preso por uma corda fina atada a um pequeno pedaço de pau enfincado no chão. Claro que ele tentou fugir várias vezes, mas não conseguia. Ele era muito pequenininho e fraquinho. Então ele desistiu e aceitou sua condição. O problema é que ele começou a crescer e ficou mais forte, mas a espessura da corda e o tamanho da madeira ficaram da mesma forma. Mas ele foi condicionado e doutrinado a acreditar que não poderia sair daquela posição apesar da sua força.

Speaker 1: 4:21

Assim somos nós. Em várias situações O medo nos condiciona, aprisiona e desistimos de tentar porque em algum ponto nós falhamos. Segundo Grochel, não basta tentar não pensar em algo negativo medo constante, insegurança, sentimento de fracasso. Precisamos substituir por verdade, é preciso substituir por um pensamento verdadeiro e saudável aquilo que Paulo falou aos romanos de renovar a nossa mente. Eu converso para vocês que, lendo o livro, o que mais me marcou foi o conceito de caminhos neurais corroborado pela neurociência. Ele menciona pela primeira vez isso na página 70, lá no terceiro parágrafo. Mais ou menos Sabe o que vem na minha mente quando ele fala sobre caminhos neurais.

Speaker 1: 5:11

Lembra daqueles caminhos de terra batida em que o mato não cresce mais, aqueles caminhos que passamos pelo meio do mato, por mais que haja um caminho mais curto, aquele caminho de terra batida praticamente nos obriga a andar sobre ele e nos sentimos em perigo, passando ou formando uma nova trilha. Isso que Grochel nos adverte. Às vezes condicionamos nossa mente porque todo mundo passa por lá. Então não me sinto qualificado a iniciar um outro caminho, por causa da repetição e da rotina forjada por mim ou por outros. Então às vezes me sinto impedido de aprender um instrumento, uma nova profissão, experimentar novas amizades, aprender o idioma, estudar porque já me considero velho demais, casar, ver meus filhos salvos, saudáveis. Por isso Grochel nos dá alguns conselhos.

Speaker 1: 6:04

Primeiro, nomeie as mentiras. Escreva os pensamentos destrutivos que você costuma ter. Encontre uma verdade bíblica correspondente para combater cada mentira. Encontre uma verdade bíblica correspondente para combater cada mentira. Declare diariamente essas verdades até que se tornem parte de sua mentalidade. Crie hábitos que fortaleçam pensamentos positivos e saudáveis E seja paciente. Mudar a mente é um processo gradual, mas cada repetição fortalece a nova trilha mental. A guerra da mente é contínua, mas vencê-la é possível. O segredo está, segundo Grochel, em identificar mentiras, substituí-las por verdades, reforçar diariamente essa verdade e confiar em Deus para transformar pouco a pouco a forma como pensamos.

Speaker 1: 6:55

Muitos dos nossos conhecimentos sobre o medo vêm de pesquisas com animais. O neurocientista Joseph Ledoux, por exemplo, realizou estudos clássicos com ratos. Ele mostrou que quando um som neutro era associado a um choque elétrico, os ratos começavam a demonstrar medo apenas em ouvir o som, mesmo sem choque. Isso comprovou o processo de condicionamento do medo. Outro estudo interessante foi feito com macacos. Pesquisadores observaram que jovens macacos que nunca tinham visto cobras aprendiam a ter medo apenas observando outros macacos reagindo com pavor. Isso sugere que o medo pode ser transmitido por observação social, não apenas pela experiência direta. Repito, o medo pode ser transmitido por observação social, não apenas pela experiência direta. Essas descobertas também se aplicam a nós. Essas descobertas também se aplicam a nós. Muitas vezes herdamos medos culturais, familiares ou sociais sem termos vivido a experiência que os originou.

Speaker 1: 8:03

Quer um exemplo? Manga com leite faz mal. Uma história colonial que até a minha infância era difundida. Meus pais acreditavam cabalmente Tudo porque senhores feudais não queriam que seus escravos consumissem leite, porque era caro. Espalhar em grupos como uma espécie de contágio emocional. Isso explica porque, em momentos de crise, multidões podem entrar em pânico mesmo sem a informação completa.

Speaker 1: 8:50

No campo individual, vários experimentos revelam como o medo influencia nossas decisões. Pesquisas da American Psychological Association mostraram que pessoas com altos níveis de medo têm maior tendência a evitar riscos, mesmo quando a chance do sucesso é alta. Também sabemos por exames de ressonância magnética funcional que o cérebro reage de forma semelhante a medos reais e a medos antecipatórios. Ou seja só de imaginar uma situação negativa, o corpo reage como se fosse uma verdade. Isso nos ajuda a entender porque preocupações constantes podem gerar ansiedade crônica, insônia e até doenças cardiovasculares. O medo pode aparecer de várias formas O medo real diante de ameaças concretas como acidentes.

Speaker 1: 9:45

Medo imaginário, criado pela nossa mente, como medo de fracassar, por exemplo. Medo social, aquele medo de rejeição ou julgamento. Medo existencial, ligado à morte, ao futuro, ao propósito. E medo condicionado, fruto de traumas passados. No cotidiano, o medo pode nos proteger, mas também nos limitar. Ele pode impedir uma pessoa de falar em público, de aceitar um novo emprego, de se abrir para um relacionamento e até mesmo de viver experiências simples como viajar de avião.

Speaker 1: 10:20

A longo prazo, isso gera frustração, arrependimento e uma sensação de vida não vivida. Bom, agora vamos à pergunta de um milhão de dólares. Como vencer o medo? A ciência nos aponta alguns caminhos Exposição gradual, enfrentar aos poucos o objeto do medo até dessensibilizar o cérebro Já viu em situações de pânico, em que as pessoas nos dizem calma, respira, respira. Parece óbvio, mas esquecemos de respirar quando estamos em trauma. Reestruturação cognitiva Substituir os pensamentos catastróficos por interpretações mais realistas. Compartilhar seus medos diminui a sua intensidade E, claro, num caso mais grave, a terapia Especialmente eficaz em fobias e traumas.

Speaker 1: 11:14

Uma frase poderosa usada na psicologia é O medo não desaparece quando você foge dele, mas quando você age apesar dele. Muito interessante, essa frase. Bom, além da ciência, nós encontramos força para enfrentar nossos medos na Bíblia. Sim, na Bíblia. Ela fala do medo em várias passagens, não como algo inexistente, mas como uma emoção que pode ser transformada pela fé. Um exemplo olha essa passagem de Isaías 41.10 Não temas porque eu sou contigo, não te assombres porque eu sou teu Deus, eu te fortaleço, eu te ajudo. Um Um outro trecho está em 2 Timóteo 1,7.

Speaker 1: 12:03

Essas mensagens não anulam a realidade do medo, mas oferecem uma base de confiança e esperança. Elas lembram que, mesmo em meio às incertezas, não estamos sozinhos. Você não está sozinho E isso por si só já reduz a ansiedade e nos dá coragem para enfrentar desafios. O medo é inevitável, ele faz parte da nossa biologia, da nossa história e da nossa vida. Mas se entendido e bem administrado, ele deixa de ser um inimigo e passa a ser um aliado.

Speaker 1: 12:37

A ciência nos mostra como o cérebro funciona, a psicologia nos ensina técnicas para lidar melhor com a emoção E a Bíblia nos dá propósito, coragem para seguir em frente Porque não estamos sozinhos. Que possamos aprender a viver não sem medo, mas além dele. Bom, pessoal, muito obrigado por sua audiência. Muitos dizem nos ouvir indo para o trabalho. Por isso aceito humildemente o desafio e a responsabilidade de acompanhar você até chegar no seu destino com uma palavra de esperança e de fé renovada. É verdade, a vaca está magra, mas o capim está crescendo. Vamos ter fé, vamos acreditar. Não permita que o medo te congele, te paralise e te limite a conquistar seus sonhos, planos, metas e objetivos. Se fez sentido para você, compartilhe com alguém que também precisa ouvir esse podcast. Muito obrigado a todos. Que Deus possa te abençoar. Que o Deus que nos diz para nós não temermos, possa te acompanhar no seu dia a dia. Esse foi mais um episódio do nosso Pode Crer, pode Crer.