Pode Crê

O Que Acontece Quando Você Dá Permissão Ao Próprio Sonho

Clecio Almeida Season 1 Episode 19

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Um sonho não estraga na prateleira do tempo. Abrimos o coração para falar de recomeços possíveis aos 30, 40, 60 e além, e mostramos como transformar desejo em prática com passos simples, histórias reais e uma fé que sustenta quando o medo grita. Partimos da diferença entre pausa e desistência e entramos em narrativas que quebram o mito do “tarde demais”: Maria Lúcia, costureira que se formou em Letras na terceira idade, e João, caminhoneiro que virou fotógrafo de paisagens. Entre uma e outra história, desmontamos a ideia de sucesso como um único troféu e propomos uma métrica mais humana: presença, consistência e coragem de seguir quando ninguém aplaude.

Trazemos uma lente honesta sobre vulnerabilidade, autossabotagem e perfeccionismo disfarçado de planejamento. Falamos sobre dar nome ao sonho, reservar 15 minutos por semana para nutrir a ideia, cercar-se de pares em vez de plateia e aceitar ser amador nas primeiras versões. Exploramos como a responsabilidade pessoal liberta e como a fé pode iluminar o caminho quando a garantia de resultado não existe. Também passamos por exemplos inspiradores, como Lizzie Velasquez, que transformou dor em missão contra o cyberbullying e provou que propósito floresce na adversidade.

Fechamos com um convite direto: troque “e se eu falhar?” por “e se der certo?”. Se o seu sonho está arquivado, ele não morreu, só aguardou espaço. Dá o play, comece pequeno hoje mesmo e conte para nós qual passo você vai dar. Se o conteúdo tocou você, compartilhe, assine o podcast e deixe um review para nos ajudar a levar esperança e ação para mais gente.

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SPEAKER_00:

Hello everyone, tudo bem pessoal? Esse é mais um episódio do seu do nosso podcast Pode Crer. Hoje eu quero falar sobre sonhos. Não aqueles sonhos que nós temos à noite, mas aqueles sonhos que nos prendem mesmo de olhos abertos. Tem sonhos que a gente arquiva. Não é bem desistir, é só guardar por um tempo. Porque a vida chama, as contas vencem, o tempo corre. E de repente a gente tá tão ocupado vivendo que esquece de sonhar e de realizar. Mas e se o tarde demais for só uma história que a gente inventou pra se proteger? Lembra quando eu falei sobre autossabotagem no episódio anterior? Pois bem, sonho não tem prazo de validade. Hoje a gente vai falar sobre isso, sobre os sonhos que ficaram pra depois, sobre como entender que você terá que vencer os gigantes, a terra prometida é sua, mas os gigantes quem destrói é você. Fique aqui comigo pra falarmos sobre sonhos, esses que você de repente enterrou, mas que você pode hoje se inspirar, ouvindo seu nosso podcast. Pode crer. Deixe-me começar falando sobre Maria Lúcia, que hoje tem 62 anos, costureira, mora no interior de Minas. Desde menina sonhava em estudar letras, lia escondido, escrevia poemas nas margens do caderno da escola, mas a vida veio: casamento, filhos, contas, rotina, e o sonho ficou lá, guardado no passado. Um dia, aos 59 anos, ela viu um cartaz em uma padaria, vestibular para a terceira idade, matrículas abertas. Ela riu e disse consigo mesma: Imagina eu, velha na faculdade. Mas aquela noite ela não conseguiu dormir, não teve coragem de contar para ninguém, sentia medo de ser ridicularizada. Mas arrumou coragem no outro dia e se inscreveu. Bem, o resto é história. Aliás, literatura. Três anos depois, ela se formou em letras. E disse com o diploma nas mãos em lágrimas: Eu achava que ia ser ridícula, que iam rir de mim. Mas todos diziam que eu era uma inspiração para eles, os jovens, e eles me abraçaram. E ao contrário de me sentir ridícula, eu me senti orgulhosa de recomeçar, mesmo depois de me achar velha. A gente não pode confundir pausa com desistência. Pausa não é fim. É só o sonho, respirando um pouco. Também quero falar sobre o João, que tem 47 anos. Foi caminhoneiro por mais de 20. Passava os dias vendo o país pela janela do caminhão. Serras, rios, neblinas, paisagens inacreditáveis de tirar o fôlego. E ele sempre imaginava que mais pessoas deveriam ver o que ele estava vendo nas suas viagens. Um dia, num posto de gasolina, no interior de Goiás, ele comprou uma câmera usada, só para registrar o que ele via na estrada. No começo, as fotos saíam tortas e sem foco. Mas ele continuou. Hoje João tem um website, vende prints e dá oficinas de fotografias para jovens da cidade, se tornou um homem que vive do seu sonho. Quem poderia imaginar de que um caminhoneiro fosse se tornar um fotógrafo paisagista? Se tornou o que sempre sonhou. E isso já é muito mais do que sucesso. E eu gostaria de abrir um parêntese aqui para definir o que é sucesso. Se você é compositor, seria ter com certeza milhões de pessoas ouvindo a sua música. Eu creio que sim. Mas também não seria ver uma criança cantando uma de suas músicas que você compôs no bêzema da sua casa? Creio que sim também. Se você é empresário, talvez sucesso seja empregar centenas de pessoas. Claro que sim. Mas eu li uma frase interessante: que se você tem um negócio que deu emprego a você mesmo, você já pode se considerar um sucesso. Uma frase de Brandy Brown me chama muita atenção no seu livro A Coragem de Ser Imperfeito, ela diz. O sucesso não é o oposto do fracasso. O oposto do sucesso é desistir. Profundo isso, não é? Começar depois dos 40, por exemplo, não é começar do zero. É começar com bagagem. E bagagem é sabedoria disfarçada. Mais uma vez, a escritora Brandy Brown diz que a vulnerabilidade é o berço da criatividade. E talvez seja isso. A gente não realiza porque quer garantir que vai dar certo. E o sonho nunca vem com garantia. Julia Cameron, no livro O Caminho do Artista, fala que todo sonho precisa de duas coisas, coragem e espaço. E às vezes o que falta não é talento, é permissão. Permissão para tentar sem saber o final. O medo de ser julgado, o perfeccionismo disfarçado de planejamento, a cobrança de que tudo tem que dar lucro. Nós precisamos entender que os sonhos precisam começar. O começo já é o início de um projeto de vida. Não sei em que área você está imaginando onde você pode aplicar esses sonhos. Talvez como ser mãe, talvez casar, talvez abrir o seu próprio negócio, talvez voltar para a faculdade, talvez iniciar uma faculdade, talvez fazer uma viagem dos seus sonhos, conquistar os seus objetivos. Eu não sei aonde você pode aplicar esse sonho. Eu sei de uma coisa: você pode começar. Primeiro, dê um nome para ele. Sim, escreva. Em voz alta, se puder, diga. Tire da cabeça e coloque nas mãos de Deus. Segundo, dê a ele 15 minutos por semana. Isso mesmo, 15 minutos para o seu sonho semanalmente. Não precisa de planos nem metas, só tempo. 15 minutos de presença já valem mais do que anos de espera. Dedique esses 15 minutos a pensar sobre, a anotar alguma coisa, imaginar as consequências da vitória quando você conquistar esse sonho. Ou seja, veja o seu sonho acontecendo. Terceiro, procure pares, não plateia. Lembre do que eu falei no episódio anterior. Nem todos merecem ser o primeiro a ouvir a sua música e os seus sonhos. Conte pra gente que também está tentando, tropeçando, começando nos seus próprios sonhos. Plateia cobra. Pares, amigos, acolhem. Cerque-se de pessoas que genuinamente querem o melhor para a sua vida. Quarto, aceite ser amador. Todo começo é uma versão beta de quem a gente é. E tudo bem com isso. Não há problema nenhum em ser amador. No início do seu próprio negócio, você vai ser quem faz o marketing, você vai ser a pessoa que limpa, a pessoa que produz, a pessoa que vende, a pessoa que atende no balcão. Enfim, não há problema nenhum em ser amador. Porque o sonho não vive no resultado, ele vive no movimento. Talvez a gente não precise de novos sonhos, só de novas chances para os antigos. A vida não tem prazo de validade para começar algo. E talvez o verdadeiro milagre seja não desistir completamente, mesmo quando a gente diz que já desistiu. Se esse episódio te lembrou de algum sonho esquecido, talvez ele ainda esteja aí, quieto e te esperando. Nunca, nunca mesmo tenha vergonha de sonhar os seus sonhos e dispô-los à oração. Se deseja casar e ainda não encontrou o seu par, não se envergonhe de sua idade. Lembre-se que Abraão foi pai com 100 anos de idade. Ah, mas não tem mais nem menos. Acredite e não se envergonhe. Não busque aprovação alheia e validação para sonhar os seus sonhos. No fim de tudo, aceite que a incapacidade de sonhar os seus sonhos e realizá-los é exclusivamente sua e de mais ninguém. Por isso, você e eu não estamos autorizados a transferir responsabilidade dos sonhos frustrados. Lise Velasquez sofre de uma doença congênita rara que a torna incapaz de ganhar peso. Uma foto dela foi parar na internet de forma maliciosa que lhe deu o título da mulher mais feia do mundo. Cega de um olho, com 0% de gordura, franzina e de baixa estatura, ela foi castigada na internet. Mas ela tinha um sonho - destituir o cyberbullying, e assim ela o fez. Hoje ela é palestrante internacional, com milhões de seguidores e temente a Deus. O seu sonho a salvou da tragédia. Ela se tornou uma inspiração para todos que, com muito menos adversidades, desistem dos seus sonhos. Talvez o maior privilégio que a gente tenha como seres humanos seja justamente esse sonhar. Não aquele sonho, como disse no início, que a gente tem quando a gente fecha os olhos à noite, mas aquele que nasce quando a gente os mantém abertos, e mesmo assim enxerga o invisível, o imponderável. Sonhar é um ato de coragem. Porque quem sonha se arrisca a acreditar no que ainda não existe, e acreditar no impossível, às vezes, até dói. E sabe por que sonhar dói? Porque o mundo costuma nos convencer de que é melhor aceitar o que já estamos aí, o que já está acontecendo, seguir o caminho seguro, não mexer muito nas certezas. Mas os sonhos, eles são rebeldes, eles cutucam a alma, fazem barulho e insistem em existir. E é por isso que eu acredito que sonhar é, no fundo, uma forma de resistência. Resistir à pressa, ao cansaço, resistir à ideia de que tudo já foi inventado e de que o melhor na vida já passou e de que não vale a pena mais tentar. Sonhar é continuar dizendo sim, mesmo quando o mundo grita não. É plantar uma semente, mesmo sem saber se vai chover ou não. É andar no escuro acreditando que em algum momento o sol vai nascer. E se tem uma coisa que o tempo nos ensinou é que os sonhos não precisam ser grandiosos, mas eles precisam ser verdadeiros. Às vezes sonhar é simplesmente ter força para levantar da cama e tentar de novo. É continuar amando, mesmo quando o amor parece frágil, é continuar criando, mesmo quando ninguém está vendo. Cada sonho é uma pequena centelha, e cada centelha tem o poder de incendiar o mundo inteiro. Basta uma faísca para mudar tudo. Então, se você hoje sente que seu sonho é distante, inalcançável ou até impossível, lembre-se, o impossível é só algo que ainda não aconteceu. E acontece quando alguém, em algum lugar, decide continuar acreditando. Sonhar é o primeiro passo de qualquer revolução. E talvez o mais bonito seja isso. Enquanto houver alguém sonhando, o mundo ainda tem chance. Então não pare, não desacredite, não desista de sonhar nem dos seus sonhos, nem dos sonhos do mundo. Porque cada vez que alguém sonha um futuro mais leve, mais justo, mais humano, esse futuro dá um pequeno passo em direção a nós. E no fim das contas, talvez seja isso que a vida é, um grande convite a continuar sonhando. Olha só a história de Charles Chaplin ter entrado em um concurso de sózias dele mesmo. A lenda corre que em 1920 havia um concurso. Ele já era famoso, muito famoso, e eles queriam saber nesse concurso quem era o sócio mais parecido com Chaplin. E ele entrou nesse concurso como uma brincadeira. E sabe o que aconteceu? Ele ficou em terceiro lugar. A conclusão, para alguns, você não serve para ser nem mesmo quem você já é. Então entenda que a vida não é um concurso de popularidade. Como disse Lutero, ame a Deus acima de todas as coisas e faça o que você quiser. O sonho é o ensaio da alma. Se nós imaginarmos o imponderável, se nós vermos na quarta dimensão, nós já estamos a meio caminho andado de realizar o nosso sonho. O problema todo é que muitos sonhos são abortados logo no início. No início do projeto já eliminamos todas as possibilidades. E alguém diz, mas e se você cair, e se você falhar, e se você falir, e se não der certo, tá? Tudo bem, mas existe também uma outra possibilidade. E se você voar, e se der certo? E se você conquistar? E se você realizar? Portanto, acredite logo no início. Não permita que a autossabotag venha inibir todas as possibilidades de você galgar altaneiramente os seus sonhos. Acredite, creia, confie em Deus, Ele está ao seu lado. Bom, gente, se você gostou desse episódio, se ele te inspirou de alguma forma, faz um favor, compartilhe com seus amigos, coloque lá na rede social, lá nos grupos do WhatsApp. Eu estou muito feliz. Nós alcançamos mais de 2 mil downloads do nosso podcast. Que vitória maravilhosa! E isso na verdade começou com um download, começou com um sonho, um sonho de ter um podcast. E veja só, 2 mil pessoas fizeram um download do nosso podcast, o podcast Podcre. Tudo isso eu dou glória pra Deus e agradeço a cada um de vocês que tem compartilhado e que tem ajudado a difundir esse humilde podcast. Muito obrigado a todos vocês. Esse foi mais um episódio do seu do nosso podcast Pode Crê.

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